segunda-feira, 2 de setembro de 2013

reencontros.


No primeiro dia de férias, tínhamos combinado ir até Nea Fokea ter com a Catarina, a nossa amiga que também está a estagiar por estes lados, mas num hotel diferente e que, até este dia não tínhamos conseguido ver, por termos horários e folgas incompatíveis. No entanto, no dia anterior, os RH do nosso hotel perguntaram-nos se gostaríamos de, no dia seguinte, ir dar sangue ao Sani Beach Hotel. Nós dissemos que sim e foi juntar o útil ao agradável porque íamos ter boleia do Oceania até lá e depois o hotel onde a Catarina estava a trabalhar era perto. 

Mal sabíamos que a boleia que íamos ter era do Mr. Timos, o director do Oceania Club, no seu fantástico BMW. Íamos quatro para dar sangue: eu, o Miguel, o Mr Timos e a Alina, nossa colega e amiga do restaurante. Chegámos lá, passeámos um pouco pela recepção, ouvindo as explicações do Mr. Timos, tirámos fotografias e dirigimo-nos à sala onde estavam a fazer a recolha de sangue. Depois de preenchermos um questionário em grego (!!), fomos avaliados por uma enfermeira. 


O Mr. Timos foi o primeiro a ser rejeitado pois tinha feito uma tatuagem recentemente. A mim disseram-me que estava com a tensão muito baixa e que, se quisesse mesmo dar sangue, só podia dar 100 ml. Aceitei. Sentei-me na cadeira, lá fizeram os procedimentos habituais e eu, pela primeira vez, senti mesmo o sangue a sair do meu corpo. Estavam a fazer os procedimentos habituais com o Miguel e eu comecei a sentir o meu corpo mais leve, a ver manchas brancas e pretas e a ver a cara da Alina completamente a pensar “oh fuck” e a chamar a enfermeira, que me tirou a agulha do braço e me inclinou a cadeira de maneira a que ficasse com as pernas levantadas, mesmo antes de eu falecer. 

Nisto, assim que me começaram a medir a tensão, que estava baixíssima, eu olho para o Miguel que parecia um vampiro de tão branco que estava, também já com a enfermeira a inclinar-lhe a cadeira. Só me deu vontade de rir ao ver a Alina completamente normal a dar sangue, a olhar para nós e a dizer: Portuguese power is dropping, e depois o Mr. Timos a tirar-nos fotografias enquanto estávamos ali meio falecidos. Foi mesmo engraçado. 

Mr. Timos in the middle eheh
Depois deste pequeno episódio, o Mr. Timos levou-nos ao bar da praia do Sani Beach Hotel, pagou-nos umas bebidas e ficámos a conversar sobre a carreira dele, os nossos estudos e outras coisas assim interessantes. É sempre muito positivo sentir que o director do hotel em que trabalhámos apenas dois meses (a Alina cinco), se interessa por nós, “meros” empregados de mesa. Sabemos que ele também vai falando com os hóspedes e com os empregados, sempre a patrulhar o hotel e a conhecer as pessoas de que o seu próprio hotel é feito. É uma pessoa muito presente e eu acho que isso faz dele um óptimo profissional no que toca a cuidar das pessoas. 

Depois deste pequeno momento, dissemos-lhe que tínhamos uma amiga ali a trabalhar no Sani Beach Club e que lhe íamos fazer uma surpresa, aparecendo lá no hotel, ao que ele diz que a mulher dele é a gestora do restaurante-bar da praia desse hotel e que lhe ia ligar. Conclusão: quando lá chegámos, comemos uns gelados por conta da casa e ligaram para o restaurante em que a Catarina trabalhava, a dizer que ela tinha de ir lá abaixo, mas sem dizerem o motivo. E lá a surpreendemos! 


Passámos a tarde com ela, comemos na cantina do Beach Club Hotel que, ao contrário da nossa, tem comida deliciosa e fomos para a praia, conversar até mais não. No fim do dia, ela tinha de voltar ao trabalho e despediu-se de nós dando aqueles bolinhos com uma mensagem lá dentro que eu sempre quis experimentar. Era o bolinho do Obrigado! 

E assim se fez um dia muito especial…


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